
Em termos absolutos, São Paulo ainda é uma cidade violenta, porém, olhando de perto a Taxa de Homícidios por 100 mil habitantes (indicador mais utilizado mundialmente), este número está próximo do padrão da ONU que é de 10. Apenas para efeito de comparação, em capitais nordestinas como Salvador, Recife, Fortaleza e Maceió este indicador oscila acima de 60. A média brasileira é de 25. Sabemos que existem vários problemas na área de segurança pública no Brasil (ex. baixos salários do efetivo, corrupção, quantidade insuficiente de policiais e de espaços para detenções etc.). Em São Paulo, no entanto, a utilização das melhores práticas em Gestão de Serviços de TI, Controles e Governança parece estar ajudando a instituição na redução da criminalidade. Eis um bom exemplo para os demais Estados.
“Crimes são incidentes graves e uma gestão de problemas/mudanças eficaz ajuda em muito a redução ou eliminação destas ocorrências. Isto é ITIL !!”
Outro recurso importante de TI importante para a polícia é um banco de dados eficaz. Por exemplo, o CompStat (COMPuter STATistics) é um software da Polícia de Nova York e também uma grande arma contra o crime. Atualmente é replicado para outros Estados nos EUA. Utiliza técnicas estatísticas baseadas no Seis Sigma e no TQM (Total Quality Management) e recursos como Crime Mapping (GIS - Geographic Information Systems com recursos equivalentes ao Google Maps e ao Microsoft MapPoint) para identificar criminosos, rastrear suas ações, estabelecer perfis de vítimas potenciais, riscos, tendências etc. Mais informações sobre esta aplicação podem ser obtida no Wikipédia: http://en.wikipedia.org/wiki/CompStat.
Falando sobre o CompStat , em uma reportagem recente do Jornal Estado de São Paulo, Willian Bratton, ex-Chefe de Policia de Nova York e de Los Angeles, homem forte de Rudolf Giuliani entre 1994 e 2001, e estrategista do Tolerância Zero, relatou que os homic
ídios na Big Apple caíram cerca de 80% desde o início da operação, atingindo o menor nível desde 1964. Segundo o Policial, o CompStat permitiu identificar novos padrões de crime e atacá-los logo no início, deslocando homens e recursos de forma mais eficiente para cercar os criminosos. Em Nova York, o sistema era abastecido pelos 76 comandos das 9 áreas de policiamento e dos 12 distritos da região metropolitana. Além dos dados, os comandos tinham de apresentar um relatório sobre casos relevantes e uma análise dos crimes em sua área, as atividades e o desempenho de sua equipe. Tudo era discutido em encontros semanais com Bratton. O policial retrata um pouco desta experiência com o CompStat em Los Angeles em vídeo no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=pltQi6aG4M8

Em São Paulo, a Polícia Civil utiliza o sistema Ômega, que permite pesquisar informações criminais em 12 bancos de dados. No entanto, a matéria do Estadão descreve dois problemas: a) integração com sistemas de outras polícias no País; b) Acesso da PF e da Abin aos dados. Apenas para citar mais um exemplo de uso de melhores práticas de Gestão de Serviços pela Segurança Pública: A Delegacia Seccional de Polícia de Avaré no interior de SP obteve recentemente a ISO 9001:2008, sendo a única Delegacia de Polícia Judiciária do Brasil com este selo. Segundo a reportagem, tem como principal objetivo a busca da melhoria contínua em relação aos serviços de segurança pública na cidade.
Eis alguns bons exemplos de uso de Serviços de TI na Segurança Pública que poderiam ser replicados para todo o Brasil.
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