
“Nunca confiar nos sentidos, em vez disto procurar todas as evidências possíveis sobre a veracidade de qualquer coisa.”
Dividir cada um dos problemas em tantas parcelas quantas forem necessárias (mais tratáveis). Começar pelos objetos mais simples e mais fáceis de serem conhecidos para, aos poucos, como que por degraus, chegar aos mais complexos e, para cada caso, fazer enumerações o mais exatas possíveis a ponto de estar certo de nada ter omitido. Eis alguns trechos do livro.
No Brasil, entre os seguidores do método de Descartes temos o INDG (Vicente Falconi), Ambev e Gerdau. O professor Falconi, em entrevista a HSM Management em 2008, falava que o método é a busca e o conhecimento da verdade (do grego Meta = Meta, Hodos = Caminho, portanto: Caminho para a Meta). Existem as verdades mostradas na análise dos dados e fatos. E as empresas, na grande maioria, não trabalham com elas. As pessoas vivem tomando decisões, que custam milhões, baseadas em opiniões. Todo gestor deveria ler Descartes. Precisa ser normal um bom gestor exigir que um plano de ação se baseie em análise, em qualquer nível hierárquico. As pessoas têm de achar, naturalmente, que é a análise que funciona. Vicente Falconi conta um fato curioso que aconteceu na Ambev. Numa reunião, quando o sujeito chegava lá com um plano de ação, o Carlos Brito (Presidente Mundial da InBev) pedia para ele mostrar a análise. Não tendo análise, o Brito dizia: “Não acredito nas ações que você propõe”. O Brito começou a fazer isso sistematicamente e dali a pouco todos faziam análise.
Traduzindo o m

“Não se deve resolver um problema de 5 centavos
com uma solução de 1 real.”
com uma solução de 1 real.”
Bem, quais as alternativas ? Existem vários métodos de resolução de problemas indicados para serviços de TI. Vou abordar aqui algumas visões incorporadas em três conjunto de m


No STP (Sistema Toyota de Produção), a metodologia de solução de problemas percorre toda a empresa e todas as funções. A melhoria deve ocorrer em todo o tempo, em todos os níveis e em todos os profissionais. Lembro-me de um caso contado no livro de Michael Hammer, “a Agenda”, sobre um faxineiro com visão de processos e outro sem nenhuma visão. Ao perceber a presença de um chiclete no chão, o primeiro passa a vassoura e não o remove (sua visão é de passar a vassoura de um lado para o outro) enquanto o segundo preocupa-se em pegar uma ferramenta para retirar o chiclete. Sua preocupação é ter a sala limpa, pois alguém precisará dela na sequência (reunião, treinamento). Este segundo profissional vai além: sugere uma conscientização para os usuários da sala não jogarem chiclete no chão (resolução do problema). Na Toyota é sempre questionado: “por que você escolheu este problema ? “, “Como você determinou que o problema merece seu tempo e atenção ?. O STP questiona a tendência de “pular” imediatamente do “problema” para a “solução”, exatamente como afirmava Descartes. Com relação a análise de causa raiz o STP enfatiza bastante o conceito de 5whys (cinco porquês). Segundo o método, em quase todas as situações, há várias causas para os problemas; assim, a análise deve ser abrangente.
“Como há diversas causas possíveis, é necessário limitar-se às mais significativas. A limitação permite a concentração dos esforços para gerar melhores resultados.”
Pelo que foi explicado, conclui-se que há necessidade das empresas e departamentos de TI ensinarem habilidades básicas de solução de problemas para todos os seus profissionais, de modo que todos se tornam solucionadores de problemas, com claro retorno de investimento. Não ficaremos mais no “apagar incêndio” do dia-a-dia. Uma frase do STP que carrego sempre comigo é: "A Densidade gera mudanças". Para um conhecimento mais avançado dos métodos apresentados, recomendo a leitura de dois livros: Root Cause Analysis (RCA) da ASQ (American Society for Quality) e do livro Root Cause Analysis Handbook (vide fotos neste post). Bem, eis um assunto bem instigante e desafiador.
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